Treva da noite,
lanosa capa
nos ombros curvos
dos altos montes
aglomerados...
Agora, tudo
jaz em silêncio:
amor, inveja,
ódio, inocência,
no imenso tempo
se estão lavando...
[...]
E aqui ficamos
todos contritos,
ao ouvir na névoa
o desconforme,
submerso curso
dessa torrente
do purgatório...
Quais os que tombam,
em crime exaustos,
quais os que sobem,
purificados?
MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência. In: Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, p. 967.
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